A intensa bateria de (promessas) medidas mais ou menos pontuais, recorrentemente anunciadas, ou de reformas «radicais» apresentadas com pompa pelo Ministério da Justiça para pôr fim à crise, não consegue minimamente esconder nem os problemas que persistem em todas as áreas nem, muito menos, o desencanto e o protesto contra a desacreditada política de justiça do Governo PS de José Sócrates.
A África do Sul vive tempos de mudança. Derrubado o regime de apartheid pela heróica luta do povo e dos trabalhadores sul-africanos sob a bandeira do Congresso Nacional Africano (ANC), o país enfrenta hoje contradições e problemas que a revolução libertadora ainda não foi capaz de resolver.
«Num quadro de projecto de sociedade não se entende que se possa dissociar a democracia política da democracia económica e social», afirma Jerónimo de Sousa em entrevista ao Avante!, fazendo eco das preocupações do Partido Comunista Sul-Africano, enquanto parte integrante de uma aliança de conteúdo democrático, em continuar a sua luta de transformação social sem perder de vista no horizonte o socialismo.
Jerónimo de Sousa participou, dia 11, num jantar comemorativo do 33.º aniversário da nacionalização da Banca e dos Seguros, realizado em Lisboa por iniciativa dos sectores dos Bancários e Seguros da Organização Regional de Lisboa do Partido. Presentes estiveram várias estruturas representativas dos trabalhadores destes sectores e outras organizações democráticas.
Em seguida, transcrevemos excertos do discurso do secretário-geral do PCP.
Muitos milhares de trabalhadores manifestam-se contra a «flexigurança», em defesa dos direitos consignados na lei e na contratação colectiva, e por salários justos e estabilidade no emprego.
É hoje assinada a declaração conjunta da Plataforma Sindical dos Professores e do Ministério da Educação, que contém o «memorando de entendimento» alcançado na madrugada de sábado.
A CGTP-IN vê com preocupação O aumento dos preços, detectado em Março pelo INE, é visto com preocupação pela CGTP-IN, que alertou para as repercussões nas famílias de trabalhadores, particularmente as de mais baixos rendimentos.
O Governo vai lançar a terceira fase do concurso de eólicas. Esta foi uma das novidades de José Sócrates no debate quinzenal com os deputados realizado sexta-feira. Para Jerónimo de Sousa, «sobra em anúncios o que falta em respostas aos anseios e aspirações do povo português».
O PCP considera que existe uma «evidente e escandalosa promiscuidade entre o poder político e o poder económico» e que esse é um factor que acentua a «descredibilização do regime democrático».
O PCP voltou a denunciar o agravamento da precariedade no trabalho, desafiando o Governo a acompanhá-lo nas medidas que apresentou há quinze dias para combater este flagelo que atinge hoje cerca de 1,2 milhões de portugueses.
Jerónimo de Sousa lembrou, sábado, em Setúbal, que só com o reforço do PCP se poderá romper com o círculo vicioso do rotativismo da alternância «sem alternativa» que governo o país à três décadas.
Mais de 200 pessoas juntaram-se, quinta-feira, a uma acção de protesto da Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS) contra a co-incineração de resíduos perigosos na cimenteira da Secil, no Outão, que decorreu junto ao Governo Civil.
A construção do Parque Empresarial de Barrancos, um projecto com cinco anos, deverá arrancar até meados de Maio, num investimento de 1,5 milhões de euros.
Ao fim de quase três semanas de greve, os operários da Dacia-Renault forçaram a administração a aceitar as suas principais reivindicações, conseguindo o maior aumento salarial na história recente do país.
A direita italiana venceu claramente as eleições legislativas realizadas no domingo e segunda-feira, conquistando 340 lugares dos 617 na Câmara de Deputados e 171 dos 315 eleitos no Senado.
À crise financeira mundial junta-se a carência alimentar que atinge milhões de pessoas. As instituições capitalistas confirmam a situação e temem tumultos sociais.
Depois dos muitos e justos protestos da população, o Centro Interpretativo e as Grutas do Escoural, classificada como monumento nacional e encerrada, pelo Governo, desde Abril de 2007, vão, finalmente, reabrir este mês. «Não é a solução ideal», no entanto, «é um passo importante», afirmou Carlos Pinto Sá, presidente da Câmara de Montemor-o-Novo, no final de mais uma concentração de protesto e reivindicação, que se realizou naquela localidade.
A cerâmica utilitária e decorativa está numa crise que ameaça destruir esta arte radicada há séculos no distrito de Leiria, alertaram dirigentes do Sindicato da Cerâmica do Centro, em entrevista ao Avante!. Em Caldas, nem a centenária Bordalo Pinheiro aguenta. Do Governo e do patronato exigem-se medidas que salvaguardem o sector e os postos de trabalho.